"Terapias holística, uma alternativa de autoconhecimento."

Reiki é uma técnica milenar japonesa de energização através das mãos. Ajuda a equilibrar o corpo em todos os níveis: físico, emocional, mental e espiritual. REIKI é amor incondicional. Não é a solução para todos os problemas do mundo, nem uma cura instantânea para todas as doenças. Mas é um método para a auto-cura e o auto-conhecimento. A Terapia Reiki é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como Terapia Complementar.

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AMOR E APEGO

domingo, 14 de fevereiro de 2010





AMOR E APEGO



Amor e Apego são fatores mentais diferentes. São duas partes distintas da nossa mente.

O Amor é um estado mental virtuoso. Tem a função de causar felicidade. O amor dá-nos felicidade porque em vez de querer ter, quer dar.

O Apego é um estado mental não virtuoso, ou seja, causa sofrimento. Destrói a nossa paz mental e descontrola a mente. É uma delusão (ilusão) porque distorce as características do objeto de apego. Quando há apego há agitação mental e descontrole. O apego leva-nos à dependência, tira-nos por completo a nossa liberdade. Com apego queremos sempre possuir o objeto do nosso apego. Queremos tê-lo.

Como se gera o apego? Primeiro achamos a pessoa atraente. Depois focamos a nossa atenção nas suas qualidades. Exageramos essas qualidades e distorcemo-las. Começamos a achar o objeto maravilhoso e queremos possui-lo. Esta atitude nasce por estarmos auto-centrados, por acharmos que somos importantes, devido ao nosso auto-apreço. “Como sou importante quero possuir”. Mas o objeto ao qual nos colamos é uma fantasia da nossa mente. Nem sequer existe.

O apego a objetos do passado - traz-nos depressão, tristeza, insatisfação... O problema não é recordar a pessoa do passado, é querermos tê-la novamente. Quanto maior for o apego, maior será esse ajuste e essa insatisfação e depressão. Pode até haver dependência a pessoas do passado, a pessoa fica agarrada ao passado e não consegue ser feliz.

O apego a objetos do presente - causa-nos angústia pensar que podemos ser separados deles. E fazemos tudo para não sermos separados. Isto causa-nos tanto medo que nem desfrutamos verdadeiramente da sua companhia.
O apego a objetos do futuro – apego por querer encontrar determinada pessoa. Passar horas e horas a pensar nisso. Isso representa uma insatisfação com o momento presente, com o Agora. Se chegarmos a alcançar este objeto, necessariamente ele vai conduzir-nos à insatisfação, desilusão e à criação de outros apegos.

O apego é muito aluciante, engana-nos. Parece que nos dá prazer. Mas conduz-nos a imensos estados que nos causam sofrimento: ciúmes, raiva (quando o objeto de apego não quer satisfazer os nossos desejos ou nós queremo-lo de determinada maneira e ele é de outra), mentira, cinismo, ... E devido ao apego também causamos sofrimento aos outros, porque só estamos interessados nas nossas necessidades, só queremos satisfazer os nossos desejos. E se nos interessarmos por outra pessoa ... a dor que causamos a quem está apegado por nós!

Porque é que hoje em dia as pessoas se separam tanto? Porque damos asas ao nosso apego. Deixamo-lo manifestar-se mais.

O apego está sempre presente nas nossas relações com as outras pessoas, a não ser que já tenhamos trabalhado no caminho espiritual.

O amor é uma atitude centrada no outro. Altruísmo. Considera o outro importante. Há 3 tipos de amor:

Amor Afetuoso – afeto. Sentirmo-nos bem com o outro porque gostamos dele. Calor. Gostar de...

Amor Apreciativo – aquela pessoa é importante. A sua felicidade é importante. Dar valor à pessoa. Dar liberdade à pessoa.

Grande Amor – o desejo de fazer a pessoa feliz. É muito parecido com a compaixão. Se vemos a pessoa sofrer temos o desejo de libertá-la do seu sofrimento. Temos o desejo de lhe dar felicidade.

Qualquer destes amores dá-nos bem estar. Com eles o nosso coração abre-se. Estes tipos de amor nunca destroem a nossa paz mental. É mais poderoso que uma bomba nuclear: com amor nunca temos inimigos. Quando temos amor por outra pessoa temos paciência com ela. Surge vontade de dar e todas as mentes virtuosas da disciplina moral.

O amor sente felicidade quando o outro está feliz, quer seja conosco ou não. O apego quer o outro feliz, para nos fazer feliz. A melhor forma de distinguir o amor e o apego é que com apego estamos auto-centrados, enquanto que com amor estamos centrados no outro. Com apego queremos que o outro nos dê algo, queremos receber algo em troca. Com amor estamos centrados no outro sem querer nada em troca.

Por causa do apego sentimos que o amor nos torna suscetíveis aos outros. Mas isso é o apego e não o amor. Há pessoas que desistem de ter relacionamentos por terem medo de sofrer. Mas assim, por causa do seu apego, acabam por desistir do amor. Quando vemos um cão ou um gato sentimos afeto naturalmente, porque eles não nos põem em risco. Uma pessoa já põe ... pode causar-nos sofrimento.

Devemos reconhecer que somos dependentes dos outros: tudo o que eu tenho vem dos outros: a roupa, os livros, a língua que falo, o dinheiro que ganho, ... Assim podemos gerar humildade e amor.

O desapego não significa indiferença. Desapegarmo-nos pode ser dar mais amor aos outros. Amar mais os outros significa estar mais desapegado deles.

O apego restringe o amor que poderíamos sentir por um conjunto de seres infinitos a um pequeno conjunto de pessoas, que são as que satisfazem os nossos desejos. Quando temos apego o nosso amor está muito canalizado a um número restrito de pessoas, que são as pessoas que nos dão prazer. E o nosso amor está muito condicionado por aquilo que os outros nos dão ou deixam de nos dar. Se tivermos amor ele estende-se a todos os seres e não está condicionado ao que eles são e fazem.

Devemos ter consciência dos nossos sentimentos e das atitudes antes que seja tarde demais. Se ouvir uma música relaxante, espiritual ou de ambiente , sentir um aperto no peito, e pensar em alguém, não se esqueça de o amar e esperar, o amor é gratuito, não o peça em troca, se sente ou não.

Quando amamos fazemos coisas pelo os outros, com amor, com um sentimento de paz, com contentamento e alegria. Não fazemos porque temos de fazer, porque nos sentimos obrigados, porque é nosso dever. Fazemos porque nos apetece. Porque nos apetece fazer o outro feliz. Porque isso nos dá prazer. Fazemos porque ver o outro feliz nos deixa felizes.


Quando temos apego fazemos as mesmas coisas mas todos por mil motivos diferentes. E nem um deles nos dá a paz e serenidade que faze-lo por amor nos dá. Fazemos porque queremos ser agradáveis, porque queremos que o outro goste de nós, porque temos medo de ser rejeitadas, porque temos medo que ele nos deixe se não fizermos, porque é a nossa obrigação, porque é o nosso dever, porque, porque, porque... tantos porque e nenhum prazer em nenhum deles. Apenas fazemos Porque há algum motivo, que não é a verdadeira felicidade de fazer isso.

O amor está no nosso coração. Não tem cheiro, não tem cor, não tem nada. Apenas quem o tiver no coração também o pode sentir.

Apego

Com apego, observamos um objeto (homem) e consideramo-lo como a causa da nossa felicidade, e por isso queremos possui-lo. O apego empurra-nos para fora (de nós) porque quer observar o tal objeto, ficar a vê-lo, a imaginá-lo. A mente ignorante, ao pensar que o objeto é a causa que lhe dará felicidade, cria a sua própria infelicidade. Ao tentar possui-lo arranja imensos problemas. O prazer que obtemos do objeto é apenas a redução temporária da nossa insatisfação. O apego deve-se à nossa atenção imprópria: focamos a nossa atenção nas qualidades do objeto e exageramo-las. O objeto “que nós vemos” não existe. Mas não conseguimos ver mais nada. Não conseguimos ver os seus defeitos. Assim queremos possuí-lo.

O apego é uma delusão subtil. É mais difícil de identificar que a raiva.

No momento em que há apego não há amor e vice-versa. Estes dois estados mentais não existem ao mesmo tempo. Quando tenho apego quero receber felicidade do objeto. Preciso do outro para ser feliz. Quando sinto amor quero dar felicidade ao objeto. Quero dar felicidade ao outro e com isso sou feliz.

Devemos tentar descobrir quais são os desejos que nos trazem insatisfação (apego) e os que nos trazem satisfação (bons).

1) Ver quando surge o apego

“EU preciso disso... para ser feliz... ”. A mente que busca a felicidade no exterior. Necessitamos de criar sabedoria capaz de identificar o que está a destruir a nossa paz e a procurar a felicidade lá fora. Sem sabedoria vamos atrás do objecto de apego.

2) Temos que verificar as falhas da mente de apego.

Podemos seguir as mentes de apego e observar as suas consequências. No inicio não conseguimos simplesmente deixar de tê-las. Fazer isto e reconhecer o apego já demonstra alguma sabedoria. Ainda não temos força para nos libertar do apego, mas já nos dar conta é muito importante para que um dia consigamos decidir prescindir. Se formos capazes de observar o apego e as suas consequências mais tarde quando uma situação idêntica surgir já saberemos quais são as consequências. Com isto estamos a destruir a atenção imprópria, o exagero que fazemos das qualidades do objeto de apego.

Quanto mais amor tivermos, em vez de apego, sentiremos mais paz interior e mais prazer. Então começamos a preferir isso. Temos que usar esta sabedoria e decidir “não, desta vez não vou seguir esta miragem. Vou decidir pela paz, prazer e felicidade”.

Texto extraído do site: http://zendicasmusicais.blogspot.com/

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